Eu te amo o suficiente.
Nem mais nem menos do que deveria ser. Nem mais nem menos do que te amava antes. Eu te amo o suficiente — apenas para sermos felizes, apenas para ficarmos satisfeitos por bastante tempo. Não para completar ou preencher, nem para transbordar, apenas para manter o copo sempre cheio.
Eu te amo o suficiente — não de forma exagerada: sem gritar, sem espernear, mas em silêncio, quieta. Eu te amo o suficiente para que nenhum dos dois queira ir embora. Não mais que a mim mesma, não mais do que é considerado saudável. Eu te amo o suficiente, com um amor calmo e paciente, que não faz alarde nem estardalhaço.
Eu jamais vou te amar mais que o suficiente, e isso nem de longe deve te deixar triste. O amor é o bastante, nem mais nem menos, sem tirar nem pôr. Desde que a gente consiga manter o copo sempre cheio, sem que ele transborde, o nosso amor será suficiente. Também não peço que você me ame mais do que deve: eu não exijo amor de mais, nem amor de menos.
Você também pode me amar o suficiente. Nunca vou te pedir que transborde um amor que não deveria existir, e também não te pedirei que me ame cada dia mais, porque não sou inocente a ponto de achar que isso realmente existe. Não, não vou te amar cada dia mais, nem te peço que faça isso por mim.
Mas uma coisa eu te prometo: todos os dias meu amor será o mesmo, nem mais nem menos do que você espera que seja, nem maior nem menor do que foi ontem. Nem melhor nem pior do que o que estamos acostumados a sentir.
Todos os dias, até que os dois decidam que está na hora de parar, eu prometo: eu te amarei apenas o suficiente.