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Não ditar intensidade na dor que não é minha

Foto do escritor: Katherine CarvalhoKatherine Carvalho
Pessoas caminhando sobre uma calçada colorida com as cores do arco-íris

Não cabe a você dizer se doeu ou não, se não foi você que sentiu a pancada.


Não cabe a você limitar, reduzir ou anular a dor alheia, porque não foi você que sentiu. Eu simplesmente não posso ditar intensidade na dor que não é minha.


Se você pensar com calma, não é tão difícil de entender. Não é tão difícil parar de interferir. Não é nada difícil compreender a dor do outro.


Quando alguém apanha, você não diz a ela que não doeu. Ela sabe a dor que sentiu. Como homem, você não diz a uma mulher que o que ela sofreu não foi machismo. Como branco, você não diz a uma pessoa negra que o que ela sofreu não foi racismo. Como hétero, você não diz a um gay que o que ele sofreu não foi homofobia.


É simples: quem assiste à luta não julga se os golpes doem ou não. Aprenda: não se meta na dor alheia, exceto se for para ajudar ou defender. Cada um é responsável por suas próprias dores, cada um sabe onde dói, onde aperta e onde alivia — você não precisa indicar o caminho para ninguém, assim como ninguém vai tentar medir suas dores quando você gritar por ajuda.

Se a dor não é sua, você não diz absolutamente nada.


A dor é deles.


Eles sabem o que fazer com ela.


Um recado da autora: se a dor não é sua, não te diz respeito


Então a melhor coisa que você faz é ficar quieto. Se não for pra ajudar ou pra dizer algo positivo/agradável, não tenha dúvidas de que a opção mais assertiva é manter a boca fechada. Ninguém vai ganhar nada com seu preconceito e intolerância, então se poupe e nos poupe também, combinado?

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