Luz e destroços

Imagine se o céu fosse da cor do sangue

E nos cobrisse com um véu

amargo como fel e doce como mel

Da cor do seu rosto branco exangue

Eu não teria mais o que fazer

Se você me deixasse

E não mais falasse

Só me restaria morrer

Em meu túmulo haverá luz e destroços

Da sua existência mundana

Nós dois, feitos em pedaços

Nossos corpos são frágeis feito porcelana

Pó, cinzas e ossos

Na terra dura e plana

Um recado da autora: hoje somos luz, amanhã seremos destroços

É o ciclo natural da vida. Um dia, luz. No outro, destroços. Escrevi esse poema na época de escola, confesso que estava numa fase meio sombria da minha vida, então tudo que eu escrevia tinha um ar meio deprimente. Peço perdão por isso.