![Casal andando de mãos dadas na rua](https://static.wixstatic.com/media/41b8a4_f5140531f57e447fb22144a973702196~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/41b8a4_f5140531f57e447fb22144a973702196~mv2.jpg)
Num dia, eu morri de amor
No outro dia, acordei viva
Num dia, me parti em pedaços
No outro dia, acordei reconstruída
A vida é um eterno
morrer e renascer
A vida é um eterno
sofrer e amadurecer
Num dia, sufoquei de pesar
No outro dia, respirei aliviada
Tem dias que o mundo acaba
e dias que o mundo reinicia
Tem dias que eu durmo
pensando em nunca mais acordar
Tem dias que eu acordo
pensando em nunca mais ir dormir
Quando o céu desaba
e as estrelas se esvaziam
Quando tudo fica escuro
e meus pulmões perdem o ar
Eu choro e transbordo
depois fico fraca de tanto rir
A esperança é um prato
que se come frio
Mesmo que pareça terminado
nada está perdido
Quando uma vez morri de amor
No outro dia, ainda acordei viva
Um recado da autora: é possível morrer de amor várias vezes e continuar vivo
Eu mesma sou a prova disso. Mas tudo bem. Com escritor é assim mesmo. Morrer de amor não é nem de longe tão ruim quanto viver sem poesia.
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