![Mulher triste com a mão na janela enquanto chove](https://static.wixstatic.com/media/41b8a4_656985113c27455e9c7b4677fd064b9a~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/41b8a4_656985113c27455e9c7b4677fd064b9a~mv2.jpg)
Depressão é um vazio permanente.
“Saco vazio não para em pé”. Talvez o autor dessa frase não estivesse falando de fome, afinal. Eu tenho depressão e sinto vontade de deitar e dormir o tempo inteiro. Não é engraçado, não é frescura, não é exagero. É só dormindo que eu consigo escapar de mim mesma, do grande buraco negro que se tornou meu coração, é só dormindo que eu tenho paz ultimamente. Que eu esqueço. Que eu sonho.
Hoje digamos que meu saco está meio cheio, sendo generosa. Meia dúzia de batatas me sustentam, dia e noite, mas às vezes elas murcham, não tem como. Eu não sinto fome quando o vazio volta, então as batatas ficam lá. O único cargo delas é me manter de pé. E sim, eu sou um saco vazio, e eu só paro em pé porque já caí muitas vezes.
Doeu.
Hoje eu não caio mais.
Um recado da autora: a depressão é uma pedra no meu sapato (ou um furo no meu saco de batata)
Apesar disso, eu convivo com ela. Aprendi a conviver com ela, porque, afinal, não tinha outro jeito, né. Se você também é obrigado a conviver com ela, bem-vindo ao Aqeme. Acho que alguns posts podem te ajudar.
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