Não devia ser assim tão solitário
Nem triste, nem azedo e nem amargo
Seu sorriso não devia ser tão pálido
Nem meu abraço pesado como um fardo
Às vezes sinto que o mundo está acabando
Meu peito incha, dilata e esvazia
Posso ficar para sempre perdido e vagando
Sem você para me servir de guia
Mas minha vida tem terminado de repente
Sem aviso, sem alarme, sem lembrete
A tristeza consome feito um buraco negro
Tenho chorado lágrimas macias e quentes
Que molham a terra, chão duro e seco
Frutificam como férteis sementes
Crescem, desabrocham, duram pra sempre